Fonte: https://maioresdepensamento.wordpress.com/2012/11/03/barafunda/
muito conhecido
lá onde ele pára
quebrou o mealheiro
levou o dinheiro
comprou uma arara
meteu o troco no tinteiro
tirou do tinteiro a caneta
pôs a caneta no poleiro
fechou a arara na gaveta
e pediu à empregada
que não ficasse zangada
trabalhasse o dia inteiro
uma semana ou um mês
mas que pusesse de vez
no tinteiro a caneta
e a arara no poleiro
MURALHA, Sidónio. A dança dos pica-paus. Curitiba: Nórdica, 1976, p. 14. Fundação Sidónio Muralha – www.philosletera.org.br
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Sobre o Autor: Sidônio Muralha
Sobre o Livro A Dança Dos Pica-Paus (1997) - Comprar na Amazon
Mais uma vez o poeta português Sidónio Muralha demonstra sua versatilidade em lidar com a riqueza das palavras, sua sonoridade, seu jogo simbólico. E em A dança dos pica-paus, cria, com muito humor, 36 poemas, um para cada animal – curió, gralha, onça, tangará...
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Nota pessoal: Li este texto pela primeira vez quando tinha 7 anos em 1990.
Obs: O livro "A dança dos pica-paus" foi lançada a sua primeira publicação originalmente em 1976.