Fonte: https://www.contosdeterror.site/2023/12/o-barril-de-amontillado-conto-classico.html S uportara eu, enquanto possível, as mil ofensas de Fortunato, mas quando se aventurou ele a insultar-me, jurei me vingar. Vós que tão bem conheceis a natureza de minha alma, não havereis de supor, porém, que proferi alguma ameaça. Afinal, eu deveria vingar-me. Isto era um ponto definitivamente assentado, mas essa resolução definitiva excluía a ideia de risco. Eu devia não só punir, mas punir com impunidade. Não se desagrava uma injúria, quando o castigo recai sobre o desagravante. O mesmo acontece quando o vingador deixa de fazer sentir sua qualidade de vingador a quem o injuriou. Fica logo entendido que nem por palavras, nem por fatos, dera eu causa a Fortunato de duvidar de minha boa vontade. Continuei, como de costume a fazer-lhe cara alegre, e ele não percebia que meu sorriso agora se originava da ideia de sua imolação. O Fortunato tinha o se...
Reblogagens e Assuntos Diversos