28/01/2025

A Lebre e a Tartaruga - Fábulas de Esopo


 


Quem ri por Ultimo...








Fonte: https://www.fantasticacultural.com.br/artigo/1085/a_lebre_e_a_tartaruga_fabulas_de_esopo



A Lebre costumava fazer troça da Tartaruga por ela ser tão lenta.

— Tu alguma vez chegas ao teu destino? — perguntou-lhe um dia zombando dela.

— Sim — replicou a Tartaruga —, e chego mais depressa do que pensas. Vamos fazer uma corrida e provar-te-ei.

A Lebre achou graça ao desafio da Tartaruga, e, para se divertir, resolveu aceitar. A Raposa, designada como júri, estabeleceu a distância, alinhou os corredores e deu o sinal de partida.

Em breve, a Lebre ficou longe da vista, e, para demonstrar o ridículo do desafio, deitou-se para dormir uma sesta até que a Tartaruga a alcançasse.

Entretanto, lenta mas persistentemente, a Tartaruga ultrapassou o local onde a Lebre dormia profundamente e foi-se aproximando da linha de chegada. Quando acordou, a Lebre viu que a Tartaruga estava já muito perto da meta e começou a correr o mais depressa que pôde, tentando ainda ultrapassá-la, mas não conseguiu.


Moral da História:

Possuir vantagens competitivas na vida, como ser mais inteligente, mais forte, mais rápido, às vezes nos leva a uma certeza infundada: a do sucesso garantido. Essa superioridade em uma determinada área pode nos tornar arrogantes, complacentes, preguiçosos e até mesmo desdenhosos para com outras pessoas. Ter maior capacidade, porém, nem sempre é o fator determinante. Às vezes é a determinação, a persistência e o esforço que nos levam à vitória, assim como, ao nos superestimarmos por prepotência, podemos despencar para o fracasso.

27/01/2025

Wander Piroli - É Proibido Comer a Grama




As duas dezenas de histórias que compõem este livro apenas abrem a coleção Escritos da Noite. Morto em 2006 aos 75 anos de idade, Piroli não passa cosméticos nem na cidade que ele narra, nem nos homens e nas mulheres que vêm habitar os seus contos. Seus personagens, por exemplo, se situam sempre ao nível do chão, nos umbrais de um conflito, de uma querela, de um momento extremo - até mesmo agônico. E é aí, trabalhando nessa região de sombra das tragédias, misérias e grandezas da existência cotidiana, que o escritor, com a sua arte concisa e exata, nos prende, nos desconcerta e nos comove







Trecho do livro:

"O professor Thales pensou no que havia acontecido com elas e teve pena. Já havia lido no jornal notícia de assalto seguido de estupro, mas, agora, vendo as moças em petição de miséria, caminhando com dificuldade ao lado do barrigão, sentiu mais intensamente a desgraça das duas." p. 20 





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20/01/2025

A Casa - Poema de Vinícius de Moraes

 Fonte: https://www.viniciusdemoraes.com.br/musica/musica/5/a-casa

Documento Manuscrito:  http://acervo.viniciusdemoraes.com.br/acervo/6817/a-casa?page=32


 Era uma casa

Muito engraçada

Não tinha teto

Não tinha nada

Ninguém podia entrar nela, não

Porque na casa não tinha chão

Ninguém podia dormir na rede

Porque na casa não tinha parede

Ninguém podia fazer pipi

Porque penico não tinha ali

Mas era feita com muito esmero

Na rua dos Bobos

Número zero

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Sobre o Autor:  Vinicius de Moraes




Phamyntus - Só Uma Caveira

 


Phamyntus "escolhe" um conquistador da época medieval.

Fonte: https://phamynthus.wordpress.com/2024/09/01/so-uma-caveira/
















13/01/2025

Texto: A Saída - de João Anzanello Carrascoza


Aconteceu às quatro da tarde, em plena luz do dia. O menino estava lá, espichado como um gato, na rede em seu quarto. Caderno e lápis na mão. Balançando suavemente, estava inventando uma história, quando viu pela janela o diabo pulando o portão de sua casa.Estremeceu. Seus pais haviam saído para fazer compras e sua irmã ainda não voltara da escola.

O diabo veio caminhando pelo jardim, em direção à porta, pisoteando as margaridas que se insinuavam ao vento. Na hora o menino pensou que o diabo, com seus poderes demoníacos ia atravessar as paredes, mas ele simplesmente deu um sopro diabólico e seu bafo insuportável derreteu a porta instantaneamente. Depois, ao chegar no quarto e ver o menino apavorado na rede, deu um sorrisinho perverso e, exalando seu mau cheiro infernal, disse diabolicamente:

– Vim te pegar, garoto. Vou te levar pro inferno.

Mas aí inesperadamente, o menino perdeu o medo. Espichou-se então pela rede, todo belo e formoso, sem dar a mínima pro diabo.

– Você não pode me pegar – o menino disse.

-Posso – reagiu o diabo avançando com a sua cara de mau.

O menino retrucou:

– Não pode!

O diabo ficou mais endiabrado ainda e esbravejou:

– Por que não?

– Porque eu posso parar de escrever – disse o menino.

E parou.


Texto de: João Anzanello Carrascoza, -  Livro HISTÓRIAS PARA SONHAR ACORDADO.  

Nova Escola, Abril de 1991)



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Sobre o Autor: João Anzanello Carrascoza







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Sobre esta História:  

O texto A Saída é  uma das historinhas na página 8 do livro HISTÓRIAS PARA SONHAR ACORDADO.

Coletânea de contos publicados na revista Nova Escola e outras revistas do mesmo gênero entre 1990 e 2001, e de narrativas escolhidas pelo autor entre as que ouviu do pai na infância. Esta antologia apresenta histórias curtas com finais inesperados.





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Nota pessoal: Li este texto pela primeira vez quando tinha 17 anos em 2000 numa biblioteca escolar, e achei-o muito interessante.

Obs: O livro "o Livro  Histórias para sonhar acordado"  foi lançada a sua primeira  publicação originalmente em 2000.








Texto Barafunda - de Sidônio Muralha

 Fonte: https://maioresdepensamento.wordpress.com/2012/11/03/barafunda/


Um professor distraído
muito conhecido
lá onde ele pára
quebrou o mealheiro
levou o dinheiro
comprou uma arara
meteu o troco no tinteiro
tirou do tinteiro a caneta
pôs a caneta no poleiro
fechou a arara na gaveta
e pediu à empregada
que não ficasse zangada
trabalhasse o dia inteiro
uma semana ou um mês
mas que pusesse de vez
a sua casa arrumada.


Mas sabem lá o que fez,
o que fez a empregada?


– botou no bolso o dinheiro
no tinteiro a caneta
e a arara no poleiro
 e o professor na gaveta.



MURALHA, Sidónio. A dança dos pica-paus. Curitiba: Nórdica, 1976, p. 14. Fundação Sidónio Muralha – www.philosletera.org.br


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Sobre o Autor: Sidônio Muralha












Sobre o Livro A Dança Dos Pica-Paus (1997) - Comprar na Amazon




Mais uma vez o poeta português Sidónio Muralha demonstra sua versatilidade em lidar com a riqueza das palavras, sua sonoridade, seu jogo simbólico. E em A dança dos pica-paus, cria, com muito humor, 36 poemas, um para cada animal – curió, gralha, onça, tangará...

https://www.amazon.com.br/dan%C3%A7a-dos-pica-paus-Sid%C3%B3nio-Muralha/dp/8526005693




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Nota pessoal: Li este texto pela primeira vez quando tinha 7 anos em 1990.

Obs: O livro "A dança dos pica-paus"  foi lançada a sua primeira  publicação originalmente em 1976.


Cascão em - O Sumiço da Jujuba (Turma da Mônica)













Assim que acorda, Cascão fica indignado com o sumiço de Jujuba, sua lagartixa de pelúcia. Cebolinha e Mônica resolvem ajudá-lo a investigar o desaparecimento do tão adorado bichinho de estimação do Cascão.

Fonte: https://www.facebook.com/photofbid=168173348110855&set=pcb.168173668110823














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Nota pessoal: Tamanha é a desordem da arrumação do Cascão no quarto.